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Por que ajudar a iniciativa

II Workshop do Consórcio Cure Group 4

O destaque mais importante do segunda Workshop presencial do Consórcio é o anúncio de que os avanços obtidos pelo grupo vão permitir o planejamento de dois ensaios clínicos, a serem iniciados nos próximos 6 a 8 meses.

Serão três estudos clínicos: o primeiro tem foco no tratamento personalizado com imunoterapia. A abordagem personalizada de terapia celular adotiva utiliza o material genético do paciente — o RNA derivado do próprio tumor dele — em células dendríticas, que são os verdadeiros generais do sistema imunológico, e que instruem as células T sobre o que atacar. Essas células são usadas tanto como uma vacina quanto como uma plataforma para expandir um grande número de células T ativadas contra o próprio tumor do paciente. Além disso, esse primeiro ensaio vai incluir o que se chama de bloqueio de checkpoint imunológico. O bloqueio do checkpoint impede que as células T que estamos infundindo fiquem exaustas ou desativadas quando alcançam o tumor. Com isso, elas persistem, se expandem e permanecem em um estado ativado muito mais forte, levando a uma melhor eliminação do tumor.

O segundo estudo é uma vacina de nanopartículas de RNA. Atualmente, todo mundo está familiarizado com as vacinas de RNA devido à COVID-19. Essas vacinas utilizam mRNA empacotado em um transportador (lipossomo) para estimular a resposta imunológica. A abordagem consiste em usar um RNA personalizado extraído do próprio tumor do paciente, mas, desta vez, o lipossomo pode entregar o RNA diretamente às células do sistema imunológico no corpo. 

O terceiro estudo engloba elementos dos dois primeiros estudos. Os pesquisadores chamam esta terceira estratégia de tratamento de terapia celular adotiva de precisão. Ela utiliza um algoritmo de computador com capacidade de predição — Open Reading Frame Antigen Analysis (ORAN), ou Análise de Antígenos de Fase de Leitura Aberta. Isso permite estudar o sistema imunológico específico do paciente, juntamente com os genes expressos no tumor deste paciente, comparando essas informações com as proteínas normalmente expressas no corpo humano. Com isso, espera-se que seja possível identificar, em cada tumor, quais são os componentes reais e únicos que o sistema imunológico de cada paciente poderia realmente reconhecer como estranhos, e desenvolver uma vacina baseada em RNA para atacar  esses antígenos específicos do tumor: um salto da imunoterapia personalizada para a imunoterapia de precisão.

Você pode saber mais sobre os testes clínicos na entrevista do Dr. Duane Mitchell. Link